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  • Vagner Caliman

Pais adaptam bicicleta para passear com filhos com paralisia cerebral

Uma das causas da doença é a hipóxia, que está relacionado ao parto quando há falta de oxigenação no cérebro, resultando em uma lesão cerebral

Os empresários dividem o seu tempo entre o trabalho, e ficar em casa com os filhos. (Crédito: Vagner Caliman)

A paralisia cerebral atinge cerca de 17 milhões de pessoas no mundo. Outras 350 milhões de pessoas estão nos círculos de convivência, entre familiares e amigos. Uma em cada quatro crianças com esse diagnóstico não fala e uma em cada três não anda. Esta é a realidade do casal Alcione Destefani e Alexander Stoffel, da cidade de Castelo, região sul do Espírito Santo, e pais de dois meninos que nasceram prematuros e foram diagnosticados com paralisia cerebral.

A cada dia, a família se adapta para contornar as dificuldades que surgem com a descoberta das limitações enfrentadas pela doença. Trata-se de uma série de desordens permanentes que pode contribuir para uma limitação no perfil motor, neuromotor ou ainda cognitivo. Sua origem tem relação com problemas decorrentes de malformação cerebral fetal ou infantil.

A família que tem uma fé inabalável, agradece pela vida de Arthur que hoje está com 11 anos. (Crédito: Vagner Caliman)

Dez anos depois de casados, Alcione e Alexandre decidiram aumentar a família. A notícia de que os planos se concretizariam veio em 2007. O primeiro filho do casal, Arthur, nasceu com seis meses de gestação. Prematuro, ele precisou ficar internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por mais três meses.

Arthur enfrentou algumas complicações de saúde, onde a mais grave foi a falta de oxigênio no cérebro, que causou a Paralisia cerebral. Quando foi internado na UTI, o médico informou à família que a criança viveria apenas 72 horas. Os pais, no entanto, foram relutantes com o diagnóstico. Não à toa, doze anos se passaram e Arthur ainda segue sua luta.

Um anos depois do nascimento de Arthur, o casal teve outra gestação. Ao sentir-se mal, Alciione foi a uma consulta médica e ouviu da doutora “o bebê vai nascer”. A mãe conta que começou a chorar e se desesperou pois temia passar pela mesma situação do primeiro filho. E foi exatamente igual. Antony, o filho mais novo do casal, permaneceu na UTI por cinco meses.

O pai apelidou de salário mínimo o filho Antony, hoje com 10 anos. (Crédito: Vagner Caliman)

Bicicleta adaptada - momentos de lazer não são problemas para essa família. Alexander, que sempre levou o primeiro filho para passear na rua com o carrinho de bebê, depois adquiriu uma cadeira de rodas, precisou pensar em uma alternativa para sair com o segundo filho também. O pai comprou uma bicicleta e a adaptou com quatro cadeiras, cintos de segurança, luzes de Led e caixa de som. Eles andam por horas durante a noite na cidade de Castelo. Nas palavras de Alexander, “com eles eu aprendi a lutar mais pelas coisas, não abaixar a cabeça, eu fiquei mais forte”.

A iniciativa dos pais foi aprovada pelos moradores da cidade. (Crédito: Vagner Caliman)

Assista ao vídeo com a matéria completa do estudante Vagner Caliman:


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