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  • Por Helen Gutstein

Casas de Leitura: onde o hábito de ler está presente

Curitiba lê, projeto que visa o incentivo à leitura, acontece em diversos locais

Visita de alunos a casa de leitura em Curitiba (Crédito: Helen Gutstein)

Existem 13 casas de leitura em diversos pontos estratégicos de Curitiba, que visam aumentar o índice de leitura em crianças, jovens e adultos. O programa Curitiba lê é viabilizado por verbas do fundo Municipal de Cultura/lei do incentivo à cultura de Curitiba e vem desenvolvendo, gratuitamente, rodas de leitura, contação de histórias, dentre outras ações.

As casas são homenageadas com nomes de jornalistas e escritores, e os livros produzidos por eles ficam disponíveis exclusivamente na casa homenageada. Esse projeto começou em 2006 e conta com o apoio de Jason Prado, diretor executivo da ONG Leia Brasil, e de Eliana Yunes, que tem muito conhecimento em leitura e ajudou a lançar o programa "Curitiba lê" que foi implantado em 16 de abril de 2010.

Com o passar do tempo, ocorreram modificações nos espaços físicos dos locais e investimentos em equipamentos das casas, até chegarem a estrutura e programas ofertados atualmente. A primeira Casa da Leitura foi inaugurada em 13 de novembro de 2006, no Parque Barigui. Conheça abaixo outros locais que fazem parte deste projeto:

Existem diversos pontos positivos nesse trabalho que podem ajudar o desenvolvimento da leitura e desencadear o prazer de ler, que muitas pessoas não têm. A mediadora da Casa de Leitura Manoel Carlos Karam, Fabiane de Cezaro, explica que a casa é aberta ao público, não importando a idade. O acervo é composto por livros de literatura e pode atender a todos. A casa visitada pela equipe da EntreVerbos fica no parque Barigui, onde se verificou que a localização dificulta a vinda dos visitantes. Desse modo, trabalha-se mais com eventos marcados.

Esse projeto é um incentivo que todos podem procurar, mas será que só isso é o suficiente? A professora de Geografia Mariane Paestrelli aponta outros fatores: “Se os pais são leitores, os filhos também são”. A professora relata ainda que, mesmo dando aula de Geografia, trabalha com a leitura. No ano passado, comprou um livro - o da Malala - e tirava 10 minutos de suas aulas para contar a história; sentiu que fez muita diferença, porque a maioria das crianças compraram o livro. Logo em seguida, o autor foi premiado por sua obra e quando as crianças ficaram sabendo, notava-se a emoção nos olhos de cada uma, contou a professora.

Prazer na leitura conjunta

No vídeo abaixo, a mediadora de leitura Fabiane de Cezaro aparece em uma roda de leitura com crianças de 12 e 13 anos, de um colégio da rede municipal. Quando ela pergunta quem gosta de ler, nota-se o interesse de algumas crianças, outras disseram que não gostavam e também não acompanharam a leitura, mas ouviram, e, ao final, ficaram impressionadas em ver que ler não é ruim - e sim uma falta de prática.

A roda de leitura tem por objetivo fazer com que todos acompanhem a mesma história enquanto uma pessoa lê em voz alta, desmistificando esse pensamento de que ler é ruim. A casa está de aniversário no dia 13 de novembro, quando completará 10 anos. Uma programação gratuita será disponibilizada em breve, de modo a incentivar a leitura na cidade de Curitiba.

Roda de leitura na casa Manoel Carlos Karam, no parque Barigui (Crédito: Helen Gutstein)

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