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Por Alysson Moura e Fernanda Barbosa

Kart é berço para pilotos e diversão para amadores

A modalidade do automobilismo vem ganhando cada vez mais adeptos, tanto para atividade profissional quanto para passatempo.

Jovens pilotos buscam ingressar no automobilismo através do Kart (Crédito: Divulgação/Federação Paranaense de Automobilismo)

O kartismo funciona como escola para os jovens pilotos, lá eles aprendem regras, habilidades e um pouco mais sobre motor e velocidade. Dentre as nossas joias do automobilismo que começaram através do kart podemos citar Ayrton Senna, Rubens Barrichello e o atual campeão de F1 Lewis Hamilton.

O kart surgiu nos EUA como um hobby para pilotos de avião que tinham paixão pelo automobilismo, o barulho do motor os interessava juntamente nas folgas e, por isso, criaram pequenos carros de corrida. Segundo informações apuradas pelo site V11 kart, foi no ano de 1956 que o projeto saiu do papel e ganhou as pistas. Inicialmente não existia um local para a prática do esporte então os corredores precisaram improvisar um circuito em um estacionamento.

Logo, o esporte ganhou mais adeptos pelo mundo e dez anos depois chegou ao Brasil, claro que esta ideia importada não veio completa. Os veículos eram de forma improvisada e com falta de segurança, os pneus eram de carrinho de mão e o motor de propulsão era por meio de bomba d’água.

Os veículos atuais de aluguel possui diferenças dos profissionais (Crédito: Alysson Moura)

O veículo é simples, quatro rodas, um chassi, banco, tanque de gasolina e um motor de dois ou quatro tempos. Para pilotar é preciso utilizar os equipamentos de segurança como macacão, luvas, balaclava (capuz) e principalmente o capacete.

Existem alguns itens que diferenciam as categorias, como os de locação também chamados de Indoor, que tem uma proteção em volta do carro para evitar o contato entre os carros durante a competição.

Para os amadores, não se tem a proteção em volta e o veículo, isso deixa-o mais leve e mais veloz, o motor atinge a velocidade de 60km/h, ideal para pilotos mirins ou para os que pensam em se profissionalizar. Já os veículos profissionais são feitos de fibra de carbono, possuem seis marchas no câmbio e atingem os 200km/h.

O limite mínimo de idade para correr pelo kart é seis anos e não existe limite máximo, o piloto é dividido por categorias conforme a idade.

No Brasil existe o Campeonato nacional de kart realizado pela Confederação Brasileira de Automobilismo, esta é a principal categoria para os pilotos mostrarem serviço e talento, pois lá se concentram os grandes patrocinadores e olheiros das grandes equipes do automobilismo.

Kart Indoor ou kart de aluguel

O kart ainda tem a sua funcionalidade original, pode se praticar o esporte apenas por lazer e diversão, assim como o Márcio faz com seus filhos uma vez ao mês. Confira:

Márcio Willians se diverte com os filhos Cauê e Lucca disputando corridas aos fins de semana (crédito: Alysson Moura)

Ainda no kartódromo, em entrevista à revista Entreverbos, falamos com Leonardo sobre as funções que ele exerce no local. Ouça o Áudio.

Acelerando aos fins de semana

Márcio Dos santos é outro amante do kart, ele gosta de reunir os amigos no final de semana para para realizar aquela disputa acirrada na pista. O gosto pela velocidade começou com o irmão que corria aos fins de semana por lazer, logo, a diversão Logo, a diversão ganhou seriedade, tanto que os irmãos compraram um veículo próprio.

Ao decorrer da entrevista, Márcio relatou qual as primeiras impressões de se dirigir um kart. "Você vai devagarinho e ai vai se soltando e vai acelerando ". Outro ponto que o nosso entrevistado levantou, é que para as pessoas que não tem costume pode ser cansativo ao fim do dia: "depois da primeira corrida você sente muita dor nos braços, até parece que tava carregando um saco de Cimento", brincou Cimento”, brincou ele. ele.

Márcio inclusive comentou que no trabalho formou se um grupo de corredores aos fins de semana, eles criaram uma competição interna com pontuações e um prêmio. "O meu irmão resolveu juntar o pessoal aqui da empresa e levar numa pista pra correr, e a galera gostou tanto que a gente começou a fazer todo mês e valendo pontos tipo Fórmula1 sabe, e no fim do ano a gente via quem era o campeão".

Parakart, todos podem acelerar

O Parakart é uma atitude de inclusão social através do automobilismo (Crédito:Divulgação/Parakart)

Assim como outras modalidades, o kart tem a sua versão para pessoas com deficiência, o chamado Parakart. Os pilotos competem de forma igual e, às vezes, até mesmo com pilotos sem deficiência, a diferença é que para estes a categoria é apenas amadora. Os pilotos têm de ter um laudo médico aprovando a prática esportiva, devem cumprir as normas de segurança normalmente utilizando os equipamentos, além disso os competidores podem fazer adequações ao veículo para melhor atendê-los.

É comum cada vez mais esportes aderirem a práticas de inclusão social através do esporte, é um caminho para pessoas que buscam realizar uma atividade e se inserir num grupo social similar. Aqui mesmo na Entreverbos, a matéria do Goalball mostrou um esporte até então desconhecido, mas que faz a diferença para pessoas com deficiência visual.

Das pistas para os games

Mario kart é o jogo de kart mais famoso no mundo dos games e já possui 12 gerações até hoje (Crédito:Divulgação/Nintendonews)

O kartismo se tornou popular a ponto de levar os personagens mais famosos do videogame para corridas virtuais e bem-humoradas do do Mário Kart (1992). O jogo original da plataforma SNES da empresa Nintendo, trazia a experiência de fazer corridas de kart com os personagens do Mário Bros.

Para a época, o game era inovador, dinâmico e cômico, as características do kart real podiam se notar no jogo, como o dinamismo e rivalidade entre os personagens. Até hoje Mario Kart é um jogo muito apreciado pelos gamers, tanto que o jogo gerou mais 12 gerações e encorajou outros jogos a seguirem o mesmo caminho, criando outros sucessos de kart como: Crash team racing, Pac man racing, Little big Planet karting entre outros.

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