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  • Por Camila Toledo

Em 2016, serão registrados mais de 57 mil casos de câncer de mama, prevê INCA

A campanha Outubro Rosa busca sensibilizar as mulheres para a prevenção da doença

Campanha Outubro Rosa , iluminação na cúpula do Jardim Botânico (Crédito: Cesar Brustolin)

O mês de outubro já é conhecido tradicionalmente pelo alerta em relação ao câncer de mama. De acordo com o Instituto Nacional de Combate ao Câncer (INCA), somente neste ano o número de novos casos de mulheres com este tipo de câncer será de 57.960.

O “Outubro Rosa” é uma campanha de prevenção ao câncer de mama que começou em 1990, nos Estados Unidos. O objetivo é comunicar à sociedade sobre a importância da prevenção da doença. No Brasil não é diferente.

A voluntária da Liga Paranaense de Combate ao Câncer, Ana Paula Correia, conta que, através de palestras, o grupo leva informações sobre o câncer de mama. “Nossa intenção é envolver toda a comunidade, divulgando informações que demonstrem a relevância da prevenção do câncer de mama.”

Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), as mulheres têm, pelo menos, 100 vezes mais chances de desenvolver a doença do que os homens. O médico Jean Alexandre Correia afirma que o câncer de mama é o principal tipo de câncer nas mulheres e que a extensão do tumor determina a forma de tratamento. Ele também conta que a doença geralmente começa nas mamas, chegando até as axilas e também podendo atingir outros órgãos.

Os sintomas do câncer de mama são diferentes para cada mulher, mas geralmente durante o autoexame a mulher sente um nódulo que precisa ser estudado por um ginecologista ou um mastologista. O médico cita outros sintomas e sinais mais raros da doença: “a mama enrijecida ou avermelhada, a pele com aspecto de casca de laranja, a presença de secreção pelo mamilo e o aparecimento de gânglios e ínguas sobre as axilas.”

Além disso, Correia também comenta que mulheres acima de 50 anos, que possuem histórico familiar de primeiro e segundo grau de câncer de mama, ausência de filhos, têm a primeira gravidez após os trinta anos e utilizam hormônios são aquelas que têm mais chances de desenvolver o câncer de mama.

O combate à doença

Ainda segundo a SBM, o câncer de mama tem até 95% de chance de cura quando diagnosticado precocemente. A doença é mais comum nas mulheres das regiões Sudestes, Sul, Centro-Oeste e Nordeste.

Há quatro anos, Ana Maria Bonasoli foi diagnosticada com câncer, apesar de o tumor estar no início, ela conta que foi um grande susto. “Quando saí do consultório senti que não tinha rumo, porque o susto é muito grande, a possibilidade de se ter é muito grande.”

Ana Maria ressalta que a prevenção da doença é fundamental. “O que eu tiro disso é a importância de fazer o preventivo. Quanto mais cedo você descobrir, mais fácil de ser tratado e menos doloroso”, alerta.

Desde março deste ano Germaine, faz tratamento contra câncer de mama (crédito: Germaine Tillwiz/Arquivo pessoal)

Germaine Tillwiz começou a sentir dores da mama esquerda no ano passado e em março deste ano foi diagnosticada com câncer. Ela teve que retirar as duas mamas e quando foi raspar o cabelo chamou suas amigas e sua família para fazerem uma festa. “Foi a comemoração de mais uma etapa vencida, porque a perda do cabelo não é fácil”, relata.

Ela comenta que tenta passar pela doença com leveza e tranquilidade. “Não tem como delegar para o outro passar por mim e não tem como não passar. Então, já que eu tenho que passar por isso, eu quero passar da melhor forma”, declara.

Germaine também deixa um recado para as mulheres que estejam passando pelo diagnostico de câncer de mama: “descobrir o câncer de mama é se redescobrir a cada dia. É se enxergar de outra forma, e ver além daquele cabelo, ver um corpo diferente e se amar”.

Para entrar em contanto com a Liga Paranaense de Combate ao Câncer, clique aqui, ou escreva para o e-mail: apconsultoria25@gmail.com.

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