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  • Por Arthur Neves

Educomunicação promove pensamento crítico

Projetos utilizam comunicação e educação como forma de incentivar alunos a se posicionarem frente a mídia

Oficina com os adolescentes do Colégio Estadual Rodolpho Zaninelli. (Créditos: Bruna Martins)

Educomunicação é um termo ainda pouco conhecido, mas que tem sido mais recorrente no contexto paranaense. De forma ampla, pode ser entendida como toda maneira de utilizar a comunicação como forma de educar. Projetos podem partir de iniciativa de ONGs, colégios, universidades e órgãos públicos.

As propostas de educomunicação têm como objetivo integrar a sociedade aos problemas nela inseridos, auxiliar na produção de conteúdos que exponham esses problemas através de veículos midiáticos, desenvolvendo pensamento crítico na população sobre os grandes meios de comunicação e como eles reportam a realidade.

Em Curitiba, as iniciativas na área da educomunicação partem principalmente das faculdades, que realizam trabalhos com alunos do ensino médio para produção de conteúdos comunicacionais, sejam eles para impresso, rádio, TV ou internet. As pautas produzidas pelos alunos são pensadas para alcançar os colegas e a comunidade no qual estão inseridos.

Projeto "Explica aí" parte dos pressupostos da educomunicação para produzir conteúdo com alunos do Colégio Conselheiro Zacarias. (Crédito: Arthur Neves)

O projeto de extensão “Explica aí”, do Centro Universitário Uninter, reúne alunos dos cursos de Jornalismo e Publicidade para desenvolver com alunos do Colégio Estadual Conselheiro Zacarias um portal de notícias Long Form (caracterizado por textos de web mais longos e com intensa utilização de recursos multimídia). O professor responsável pelo projeto, Jeferson Ferro, comenta que é de extrema importância que comunicadores pensem em como utilizar as ferramentas e as técnicas comunicacionais para educar.

A Universidade Federal do Paraná também possui uma proposta voltada para educomunicação. O Núcleo de Comunicação e Educação Popular (NCEP) engloba diferentes projetos em escolas públicas de Curitiba e da região metropolitana e outros grupos em situação de vulnerabilidade social.

Aula do coletivo Parafuso em escola estadual Estadual Rodolpho Zaninelli. (Créditos: Diego Henrrique)

O coletivo Parafuso é a única organização da capital paranaense dedicada apenas a processos de educomunicação. As atividades realizadas por eles são, em grande maioria, desenvolvidas em conjunto com escolas, ONGs e movimentos sociais. A iniciativa tem como objetivo ampliar a visão crítica de jovens e adolescentes sobre as grandes mídias e auxiliá-los em produções jornalísticas para que os envolvidos tenham voz.

Um dos projetos da Parafuso é o “Afroeducom”, que reúne um grupo de 20 adolescentes para realização de trabalhos que utilizam as técnicas de cinema para desenvolver produtos audiovisuais que têm como pauta as questões etnicoraciais. O projeto é desenvolvido em conjunto com o Centro Cultural Humaitá e o projeto Inventar com a diferença.

Uma das fundadoras do projeto Parafuso, Juliana Cristina Cordeiro, afirma que, apesar de existir inciativas independentes que unam comunicação e educação no Paraná, é necessário políticas governamentais, que possibilitem que o poder público trabalhe a educomunicação. “É importante a participação do Estado para que todos os alunos tenham acesso ao aprendizado do domínio das linguagens técnicas e comunicacionais”.

Confira aqui o que o coletivo Parafuso pensa sobre o papel do educomunicador.

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