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  • Por Mariana Becker

De volta às quadras

O time Curitiba Vôlei representa o retorno da capital à série A da Superliga

Time conquistou a vaga para a série da A da Superliga após vencer o São José dos Pinhais. (Crédito: Mariana Becker)

Há mais de 15 anos Curitiba não conta com uma equipe feminina na Superliga, a principal competição de vôlei no país. O esporte tinha uma torcida assídua na cidade, que frequentava o Ginásio do Tarumã para ver os jogos das meninas do Rexona. O time era comandado pelo técnico Bernardinho e reunia em seu elenco jogadoras como Fernanda Venturini, Érica, Fofão e Valeskinha. Em agosto de 2016, a cidade iniciou seu retorno à rota do vôlei feminino nacional com o nascimento do Curitiba Vôlei.

No começo deste ano o time conquistou a vaga para a série da A da Superliga após vencer o São José dos Pinhais (PR) na semifinal da competição de acesso, colocando a capital paranaense na elite do vôlei, após mais de uma década de ausência. No mês seguinte, a equipe sagrou-se campeão da Superliga B. A reportagem da Entreverbos conversou com o campeão olímpico e padrinho da equipe, Giba, que falou sobre a trajetória e os objetivos da equipe. O time também tem o apoio da coordenadora Gisele Miró, ex-tenista, que como Giba, é Natural de Curitiba.

Dentro de quadra o time conta com a liderança da jogadora Valeskinha, que tem ampla experiência e foi campeã olímpica com a seleção Brasileira em Pequim (2008). Ela também fez parte do time Rexona que foi bicampeão da Superliga, em 1999/2000, quando ainda era sediado em Curitiba. A meio de rede relata que sua experiência na cidade foi de vitórias.

O elenco também tem com pratas da casa. Mariana Galon teve sua formação na modalidade na capital paranaense, mas precisou sair do lugar onde cresceu para se profissionalizar, já que a cidade não lhe dava essa opção. “Eu sempre sonhei em jogar uma Superliga em casa, pois é uma oportunidade única estar perto da família e ainda ter um time de alto nível para jogar”, conta.

Segundo a coordenadora, Gisele Miró, o objetivo da equipe é chegar aos play offs e conseguir a manutenção na série A da Superliga, o que ela considera ser um desafio. “Vamos ter muito trabalho para tentarmos manter [a posição da série A] nesse ano e aos poucos irmos adquirindo nosso espaço", relata. A estreia está prevista, segundo a tabela provisória da competição, para o dia 16 de novembro, no Rio de Janeiro, contra o Sesc-RJ. Em casa, serão 11 jogos, nos quais a equipe poderá contar com a torcida a seu favor.

O campeão olímpico Giba é padrinho da equipe feminina. (Crédito: Mariana Becker)

Heranças do esporte

Logo no seu primeiro ano, durante a temporada de 1997/1998, a equipe levou o título na Superliga, repetindo a dose dois anos depois, na temporada 1999/2000. O time teve sede na capital paranaense durante seis anos e depois foi transferido para o Rio de Janeiro.

Além do time profissional, havia também o projeto social chamado Centro Rexona de Excelência do Voleibol, que atraiu em sua primeira peneira mais de 3 mil crianças em busca de uma oportunidade de aprender o esporte. Nessa etapa, 608 crianças, majoritariamente de baixa renda, foram escolhidas para praticarem a modalidade. Karina Sanaglio, estudante de Jornalismo, fez uma pesquisa para seu trabalho de conclusão de curso sobre o vôlei na cidade e a importância social para estas crianças.

Mesmo com a saída do time adulto da cidade, o incentivo ao projeto social continuou, tornando-se, em 2003, o Instituto Compartilhar. Hoje, 20 anos depois, o projeto já atendeu mais de 22 mil crianças, segundo relatório de 2017 fornecido pela instituição.

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