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Saúde mental em crise: Brasil se destaca como líder mundial em transtorno de ansiedade e depressão

  • Foto do escritor: Dandara Gomes
    Dandara Gomes
  • 12 de mai.
  • 2 min de leitura

Por: Laís Gouveia


O Brasil enfrenta uma crise na saúde mental, com índices preocupantes que colocam entre os países mais afetados por transtorno psicológicos. Segundo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2022, o Brasil lidera o ranking global de transtorno de ansiedade, com 9,3% da população diagnosticada. Além disso, 5,8% dos brasileiros sofrem de depressão, colocando o país entre os cindo primeiros do mundo nesse indicador.  



Na América Latina, os números também são alarmantes, com o Brasil se destacando negativamente. Enquanto a média regional de transtornos de ansiedade é de cerca 7%, o país supera em mais de dois pontos percentuais seus vizinhos, como Argentina e México. Em termos globais, a prevalência de ansiedade é de 3,6%menos da metade do observado em terras brasileiras. A depressão, por sua vez, afeta cerca de 4,4% da população mundial, evidenciando que o Brasil também está acima da média.  


Especialistas apontam múltiplos fatores para explicar o fenômeno no país. A desigualdade social, o desemprego e a falta de acesso a serviços de saúde mental são agravantes históricos. Mais recentemente, o impacto da pandemia de Covid-19 intensificou esses problemas. O psicólogo Pedro Desidério, especialista em psicologia social e que atuou na linha de frente durante a pandemia, ressalta que alguns comportamentos nocivos se tornaram mais presentes durante a quarentena, e que ainda vivemos o legado negativo desse grave contexto global.  


“Durante a pandemia, ocorreu um aumento no consumo de álcool e de múltiplas drogas. Isso acarretou um comportamento mais violento e ainda gera reflexos. Nós, que atuamos na linha de frente do SUS, pelo Centro de Atenção Psicossocial, muitas vezes visitamos pacientes que estavam nesse contexto vulnerável para promover uma redução de danos”, Relembra  Desidério. 


Pedro Desidério especialista em psicologia social e doturando na PUC 
Pedro Desidério especialista em psicologia social e doturando na PUC 

A psicóloga Samira Falcão, especialista em comportamento, reforça que o mundo pós-pandemia enfrenta a grave questão do esgotamento físico e mental. 


“Observamos no suporte clínico um aumento significativo de profissionais afastados por Burnout, esgotamento e níveis alarmantes de crises de pânicos. O SUS, no entanto, não está conseguindo suportar a demanda questões. Precisamos refletir sobre quem somos hoje como sociedade e entender como essas relações se alteram, estudando seus principais anseio”, destaca  Falcão. 


Samira Falcão, psicóloga e especialista em comportamento 
Samira Falcão, psicóloga e especialista em comportamento 

Escutar os sinais de transtornos mentais intensificados pela pandemia são um alerta  para a importância de cuidar da saúde emocional. Buscar ajuda e orientação de profissionais qualificados é fundamental para evitar que esses problemas se agravem, transformando-se em uma “bola de neve” difícil de controlar. Neste ponto, os especialistas são unânimes: reconhecer a necessidade de apoio não é sinal de fraqueza, mas um passo essencial para preservar o bem-estar e conquistar uma qualidade de vida mais saudável. 

 

 
 
 

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