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  • Mayara Fernanda Dos Santos

Drone: o “zangão” moderno e seus múltiplos benefícios

A tecnologia nos ares que é monitorada apenas por um controle remoto

Drone em uma área rural de São Miguel do Iguaçu, no Paraná. (Créditos: Mayara Fernanda)

Já imaginou fiscalizar uma área sem precisar sair da varanda de sua casa? Com tecnologia que se expande cada vez mais no mercado, o drone tem feito a diferença principalmente no ramo da agricultura e da pecuária. Do inglês "zangão", o drone, quando aplicado no trabalho rural, possibilita um mapeamento preciso de qualquer área, o que pode ser a solução ideal para otimizar resultados.

Diferente das imagens de satélite e do mapeamento aéreo com aviões tripulados, os drones permitem realizar voos mais baixos, e com isso, é possível alcançar um alto nível de detalhamento do solo. Além disso, destaca-se o baixo custo do serviço. O equipamento lembra muito um brinquedo de controle remoto, e pode chegar a mais de 120 metros de altura com voos que passam os 60km por hora. Já em relação aos valores, varia muito e podem custar de algumas centenas de reais até mais de R$ 10 mil.

O “robozinho” voador tem muitas utilidades. Uma delas é chegar em locais de difícil acesso. Mas o que parece um brinquedo caro no fundo não é tão simples assim de se manusear. Existem regras a serem seguidas. Desde maio de 2017, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) criou regras que delimitam as operações civis de aeronaves não tripuladas (drones). Completando mais de dois anos em vigor, com a regulamentação da Anac já foram cadastrados mais de 41 mil aeronaves não tripuladas.

No geral, os drones com mais de 240g só podem voar em áreas distantes de terceiros com no mínimo 30 metros horizontais e sob total responsabilidade do piloto. Para os que possuírem mais de 250g, voar perto de pessoas somente se ambas concordarem com o voo do equipamento. Para os de classe com peso mais elevado, de 150kg, a regulamentação prevê que os equipamentos deste porte devem ser registrados no Registro Aeronáutico Brasileiro e identificados com suas marcas de nacionalidade e matrícula. Se o mesmo possuir até 250g, não precisa ser cadastrado ou registrado independente de sua finalidade.

Leandro Zatta (engenheiro agrônomo) e Diogo Cezar de Matia (engenheiro civil). (Créditos : Mayara Fernanda)

O Brasil é um gigante quando o assunto é o agronegócio, e ter um autônomo aéreo é uma ótima opção para quem quer produzir cada vez mais. A tecnologia do drone tem ganhado a confiança de muitos agricultores e agrônomos. O engenheiro e agricultor há duas décadas, Diogo Cesar de Matia, de São Miguel do Iguaçu (PR), conta que conheceu o famoso “espião particular” (como ele chama), há pouco mais de um ano. “Ele pode ir aonde nós não podemos ver. Tem uma alta precisão no mapeamento aéreo, trazendo até nós informações valiosas para uma boa produção”, fala Matia.

Com uma área de 160 hectares, Leandro Zatta, o Engenheiro Agrônomo que trabalha com Diogo Cesar de Matia, tem como aliado o drone e aponta alguns dos muitos benefícios que essa tecnologia traz para a agricultura. "Com a utilização do drone posso fazer uma verificação de doenças nas plantas, ver as falhas na produção, localizar buracos de porcos na lavoura e fazer uma aplicação precisa dos produtos em locais afetados por pragas. Podendo também ter uma visão precisa de cima do milho que é uma cultura mais alta facilitando a agilidade nas tomadas de decisões”, explica Zatta.

Assim como na agroecologia que agrega uma solução para combater a prática de venenos nas lavouras trazendo menos riscos a saúde, o drone é mais uma tecnologia avançada como um auxílio de detectar somente o problema sem precisar passar o produto em toda a lavoura, podendo assim fazer o uso somente em lugares específicos da lavoura reduzindo em até 80% de gastos com agroquímicos.

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