Corpo forte, cabeça sã: como a musculação ajuda a combater ansiedade
- Kauã de Freitas
- 28 de mai.
- 2 min de leitura
Autor: Kahiry Ferreira Nascimento

O aumento de pessoas ansiosas no Brasil pode estar associado ao índice baixo da população praticando atividades físicas, principalmente após a pandemia. Vários transtornos foram aflorados devido ao isolamento social, provocado pela doença, bem como o abandono de práticas saudáveis por grande parte dos indivíduos.
No caso da ansiedade, apesar da complexidade de fatores, os episódios podem ser controlados através de exercícios físicos, que ajudam na regulação hormonal, por exemplo.
Pâmela Abreu, de 39 anos sentiu na pele os problemas ocasionados pelo comportamento ansioso, e quando iniciou na academia que começou a sentir diferença física, e principalmente mental: “Vivia para meu trabalho, e na época da pandemia sentia alguns tremores, acelerações no coração, que pareciam ir se agravando ao decorrer do tempo.”

“Decidi a convite de dois amigos que já malhavam experimentar ir para a academia, e vi as crises diminuírem, junto com muitas noites de sono tranquilas. Meu dia rendia mais. Em pouco mais de um mês, me vi outra pessoa, mais calma, menos compulsiva por comida, e hoje comemoro os trinta e três quilos perdidos.”
Francisco Brito é personal trainer, e explica os casos como o de Pâmela, com alunos que rapidamente apresentam melhora. “Logo nos primeiros dias de treino a sensação de estresse já diminui, além de um ganho gradual de confiança do, muito graças à produção hormonal que começa a ser ajustada, e contribui para redução da carga ansiosa”.
Chico, como é chamado pelos alunos, também reforça a necessidade da busca pela qualidade física além da estética, principalmente para a saúde mental: “A prática do exercício já é benéfica, independente do estímulo auxilia no combate de outros problemas, não só a musculação, mas a caminhada e corrida ao ar livre também”.
O profissional conta sobre os feedbacks de alunos, que possuem ganhos expressivos de qualidade mental. “Tenho uma aluna que aderiu a medicação e sofria de lapsos de memória, e alunos mais idosos, que tomavam ansiolíticos e foram fazendo o desmame dos medicamentos, e hoje não utilizam remédio algum”.
A psicóloga Lucielle Osório atua há quase 17 anos, e salientou o crescimento dos casos de ansiedade, potencializados por diversos sintomas sociais. A profissional também expande os benefícios dos exercícios para outros tipos de patologias mentais.
“Não só nos casos de transtornos de ansiedade, como também nos transtornos depressivos, e nos casos de crianças com TDAH e espectro autista. A atividade física é uma aliada, uma ferramenta importantíssima”.
Confira abaixo a entrevista com a psicóloga.
Diversos profissionais da saúde também alertam para a automedicação, e a importância de um diagnóstico clínico para o tratamento correto das doenças, cada vez mais comuns em diversos grupos etários.
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