O diagnóstico surpresa e os desafios enfrentados pelas mães atípicas
- Kauã de Freitas
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Praticamente destituídas de qualquer apoio governamental, responsáveis de pessoas autistas encaram mudanças integrais nas suas vidas e rotinas
Autor: Renan Faustino
O processo de diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA) pode ser demorado, desafiador e sua aceitação pode ser um obstáculo emocional significativo. Após essa confirmação, muitas mães enfrentam dificuldades em encontrar informações adequadas e apoio psicológico para aceitar a nova realidade. A maioria procura obter ajuda de profissionais especializados e grupos de apoio, afinal são fundamentais na nova rotina. Contudo, na maioria dos casos, a falta de ajuda do poder público e falta de recursos, dificulta o acesso destas pessoas no serviço público ou privado.
Priscilla Santana, influencer digital, cantora e idealizadora de um grupo de apoio de mães atípicas, é mãe de Ana Luisa, diagnosticada com o TEA. Ela afirma que o maior desafio é ajustar a rotina da família com os acompanhamentos e os cuidados necessários com a filha. “Até então, não encontrei bons profissionais para me auxiliar de alguma forma no Sistema Único de Saúde (SUS), afinal eles não existem” – destaca Priscilla.
Há mais de um ano, um grupo de mães tentam junto a Câmara Municipal de Vereadores o apoio de deputados, secretários municipais e representantes do povo, mas até o momento 1 dos 9 deputados eleitos, o senhor Edmundo Denizete Rodrigues, foi o que de fato, desde as primeiras idas do grupo até a câmara, demonstrou interesse e apoio a esta causa. “Somos um grupo de mães que se apoiam, se conectam umas com as outras, lutamos juntas, independentemente do nível de suporte do filho”, enfatiza Priscilla.

Mesmo com a intensificação de palestras e passeios levando faixas sobre a importância do respeito e apoio a causa autista na cidade do interior de Minas Gerais, Rio Doce (Cidade em que reside Priscilla) até o momento não trouxe nenhuma novidade.

Apesar de muitas lutas o esporte pode ajudar pessoas com essas características. Segundo o especialista em TEA, professor e Doutor Paulo Chereguini, uma das modalidades que pode auxiliar no desenvolvimento das pessoas com TEA é a esportiva.
“O esporte pode ajudar a melhorar, além da saúde, a rotina da criança com TEA. É fato que algumas crianças terão um engajamento maior e mais fácil, já outras o inverso, contudo a tentativa é válida para ambos. É preciso experimentar vários métodos de auxílio até encontrar o melhor, ou melhores, tipos de esporte aceitos pelos diagnosticados com este transtorno.” – conclui Chereguini.


Apesar de várias tentativas, não foi possível obter respostas da secretária de saúde de Rio Doce, representado pela secretária, Mariana Calixto, sobre as demandas das mães atípicas e o que o esperar do governo municipal quanto a suas possíveis ações futuras.
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