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  • Por Aliana Machado

Museu da fotografia de Curitiba guarda cultura em imagens

O espaço se torna palco para eventos internacionais e também divulga suas obras em outros países

Exposição no Museu de Fotografia. (Crédito: Kevin Capobianco)

Muitos podem não saber, mas o Museu de Fotografia, localizado no Solar do Barão, no centro de Curitiba, foi o primeiro dessa natureza no Brasil e o segundo da América Latina, de acordo com a Fundação Cultural de Curitiba (FCC). Inaugurado em 1998, seu acervo tem por volta de 1.500 imagens, algumas de ilustres fotógrafos brasileiros, como Sebastião Salgado, Luiz Braga Walter Firmo, entre outros.

Segundo o funcionário Wiliam Jorge, de 15 a 20 pessoas visitam o museu diariamente, além de excursões escolares. Isso porque o museu expõe o ano todo mostras temporárias de fotógrafos brasileiros e estrangeiros. Regularmente, ocorrem exposições de maior porte.

O Museu de Fotografia desempenha uma função muito importante para a fotografia do país, pois, através de suas parceiras com diferentes instituições de todo o mundo, o museu se torna palco para eventos internacionais e também leva suas obras para o mundo todo, de acordo com a Fundação Cultural. Mariane Buzzo, assessora do Museu de Gravuras, que também pertence à Fundação Cultural e fica também no Solar do Barão, fala como surgiu o Museu da Fotografia. Ouça aqui.

A constituição do Museu "só foi possível junto com todo um movimento de fotógrafos e colaboradores ”, afirma Mariane. Alice Rodrigues, coordenadora do Museu de Fotografia, disse que é exatamente pelo acervo que a Fundação Cultural possui que foi possível criar o espaço com “caráter de museu”.

As máquinas fotográficas não ficam em exposição, pois o Museu não tem salas adequadas, a fim de cuidar de sua preservação. Porém, ocasionalmente, os equipamentos são expostos em eventos.

Rafaela Andrade, 33 anos, dona de casa, levou seu filho Lucas, de 5 anos, pela primeira vez no Museu de Fotografia enquanto a equipe da EntreVerbos apurava esta reportagem. Para ela, é importante que as crianças criem o hábito e gosto pela arte brasileira desde cedo. "Esse gosto pela arte é cultural, somos nós que temos que educá-los com esse pensamento”, destaca.

Dificuldades enfrentadas pelo Museu de Fotografia

A responsável pelo Museu de Fotografia é Alice Rodrigues, artista plástica, com formação em gravura e funcionária da Fundação há 22 anos. Além dela e dos funcionários responsáveis no Museu Municipal de Arte (MUMA), existe também um setor encarregado por todo acervo, que é o setor de conservação e restauro, e uma equipe de montagem responsável pela logística das obras.

Há muitas dificuldades em se manter o Museu de Fotografia. Segundo Alice Rodrigues, as salas disponíveis pela Fundação Cultural não são climatizadas de uma maneira adequada para a conservação do acervo. As salas climatizadas estão no MUMA, que tem um local para receber as obras da Fundação. " Nossa reserva técnica é no MUMA, excepcionalmente as obras saem da conservação para serem expostas por um período curto, mas depois elas voltam para as salas específicas", esclarece.

A manutenção acaba sendo o maior problema dentro do Museu. "Seu custo é sempre muito elevado e nem sempre tem verba destinada para isso. O serviço de conservação é um trabalho sem fim, pois o trabalho é muito minucioso ", explica Alice.

As obras são adquiridas por meio de doações, porém não é qualquer doação que vai fazer parte do acervo. "Elas são passadas por uma comissão avaliadora de cultura, que faz a seleção dos trabalhos a fim de saber se possuem nível específico para entrar no acervo" conclui a coordenadora. Não existem compras, a prefeitura não adquire trabalhos e também não há trocas.

Salas de Exposições: 3ª a 6ª feira, das 9h às 12h e das 14h às 18h, sábado e domingo, do 12h às 18h. Entrada gratuita.

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