top of page
  • Por Felipe Boiczuk e Talita Santos

Chegada da primavera é motivo de festa em Curitiba

A primavera é celebrada na capital paranaense com dois grandes eventos

O Haru Matsuri já faz parte da agenda cultural dos curitibanos (Crédito: Talita Santos)

No primeiro final de semana da primavera, Curitiba celebrou a chegada da estação das flores com dois eventos já conhecidos da população local: a 108ª Exposição das Orquídeas o 26º Haru Matsuri. A novidade este ano fica por conta da 1ª Festa das Flores, organizada junto com o tradicional eventos das orquídeas.

A 1ª Festa das Flores e o 108ª Exposição das Orquídeas foi realizada no Bosque São Cristovão. Este evento, além de ser um ponto de encontro dos amantes de flores, reúne uma exposição, com premiação em diversas categorias. O evento promove ainda palestras e cursos sobre cultivo, cuidados, entre outros, para iniciantes e veteranos. O engenheiro agrônomo, mestre em Floricultura e orquidófilo, Alessandro Garret Dronk, participou do evento com orientações sobre os cuidados de prevenção às pragas.

João Seratiuk, presidente da Associação Paranaense de Orquidófilos (APRO), disse que o cultivo de flores ou plantas é muito mais do que regar e colocar no sol. Ele lembra que há outros fatores envolvidos e que é preciso ter cuidado com a adubação e o clima, por exemplo.

Os encontros anteriores eram voltados somente para orquídeas, mas esta edição foi ampliada para exposição de todos os tipos de flores. Seratiuk conta que, com o passar das edições, o público foi aumentando e pessoas amadoras começavam a frequentar, além de cultivadores de outras plantas. Por isso, neste ano o foram ministradas palestras e cursos com profissionais especializados.

Para a realização desta edição, Seratiuk conta que foi preciso muito esforço em razão do maior tamanho da comemoração. O evento precisou de muitos colaboradores e parcerias para a sua realização. O organizador acrescenta que, para receber mais pessoas, precisavam de um lugar que comportasse um público maior com conforto e segurança, por isso, a escolha pelo Bosque São Cristovão. “Um lugar conhecido e centralizado de Curitiba”, comenta. As próximas edições devem ocorrer nesse mesmo lugar e data, “para as pessoas saberem que sempre nesta época do ano e neste lugar acontecerá o evento”, ou seja, para fixar a celebração no calendário de eventos de Curitiba.

Outro evento que aconteceu no final do mês de setembro, no Parque Barigüi, foi o Haru Matsuri, festival que comemora a chegada da primavera pela comunidade japonesa da cidade. O Matsuri tem um público muito grande e diverso, desde jovens que tem algum interesse na cultura japonesa até pessoas com mais idade que querem conhecer um pouco mais da cultura oriental.

Além da exposição de flores, a festa japonesa conta com gastronomia típica e também apresentações artísticas, com danças e músicas orientais. O evento tornou-se ainda ponto de encontro de outras tribos, como nerds e geeks. Por isso, alguns fazem cosplay de personagens de filmes ou animações japonesas.

Luiz Henrique Cidreira, 24 anos, frequenta o evento há alguns anos e disse que o Matsuri se transformou ao longo do tempo. Para Cidreira, o local melhorou, mas diminuiu a oferta de atividades para diferentes faixas etárias. Apesar destas diferenças, o visitante acha importante o papel do evento, que pode ser visto como um encontro de culturas: “é uma forma de unir e diversificar culturas e povos distintos”.

Ícaro Couto, 24 anos, também esteve no Matsuri desta primavera. Para ele, “é importante para a formação do ser humano conhecer culturas diferentes”. Em relação às edições anteriores, Couto diz que gostava mais quando os eventos eram abertos - hoje eles acontecem em um espaço fechado, na Expo Renault.

Confira a galeria de fotografias capturadas nos dias dos eventos citados.

Crédito: Felipe Boiczuk

Festa da primavera nipônica: mais curiosidades

No sentido literal, Haru Matsuri significa comemoração da primavera. Para algumas pessoas, o evento já faz parte de suas vidas. Matheus Pires, 18 anos, é estudante e lembra que participa da celebração há anos: ‘’comecei a frequentar desde pequeno; naquela época eu já gostava bastante dessa cultura que vem do Japão, por isso, venho frequentemente a vários matsuris e este ano estou aqui pra ajudar na organização do evento’’.

Para muitos moradores da cidade, as comemorações da primavera japonesa que ocorrem em Curitiba são uma forma de diversificar a programação cultural. Michelle Haluch, 21 anos, ressalta este aspecto do Haru Matsuri: ‘’gosto de vir porque acho que é legal fazer alguma coisa diferente, fugir da rotina do trabalho e tudo mais’’. Haluch relata que começou a fazer Cosplay em 2015 e conta com a ajuda da própria mãe para montar as roupas. Os cosplays e animês são uma atração à parte nestas festas.

Os cosplays são pessoas que se vestem e agem como um determinado personagem fictício. Os animês são os desenhos japoneses, como Naruto, Sakura Card Capture e Pokémon. Leandro Alves, 21 anos, faz cosplay e compartilha sua experiência: ‘’ultimamente eu tenho gostado de fazer, pois muita gente acaba vindo tirar fotos comigo, tipo, olhando com aquele olhar de alegria, sabe? Eu gosto pra caramba disso’’.

Mas, não é só dos participantes do evento que se faz um Matsuri. Os voluntários que trabalham para ajudar na festividade são muito importantes. Matheus Pires é um deles. ‘’Esse ano eu vim ajudar na organização dos instrumentos e do próprio pessoal do Taiko (tambor japonês); quando não estou ajudando, aproveito o evento, vou ver as barracas e as comidas’’.

Além de comemorar a chegada da primavera, o Haru Matsuri atrai diferentes públicos pela diversidade de atrações. Leandro Alves afirma que aquilo que mais gosta são as banquinhas, que, geralmente, têm coisas que não se encontram em outros lugares. "Eu gosto também dos desfiles cosplays, das apresentações e do Taiko’’, complementa.

bottom of page