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  • Por Jeniffer Jesus

Projetos de contraturno incentivam a inclusão social

A Organização do Desenvolvimento do Potencial Humano é uma das instituições que trabalha com as crianças curitibanas

Projetos com crianças visam o bem-estar social de toda a comunidade. (Crédito: FreePik)

Atualmente, em Curitiba, algumas escolas municipais realizam projetos no contraturno para trabalhar com a personalidade e a profissionalização dos alunos. Há algumas organizações que fazem parcerias com essas instituições de ensino para observar as mudanças que os projetos causam nas crianças.

Este é o caso da Organização do Desenvolvimento do Potencial Humano, localizado na Vila Torres, em Curitiba. A pedagoga, Priscila Santos, de 35 anos, fala que a organização é movida à base de voluntariado, além de possuir parceiros, ou seja, empresas que ajudam nos custos e nas manutenções necessárias a fim de que o espaço funcione bem.

(Crédito: Jeniffer Jesus)

Um dos projetos que esta organização possui é denominado "Cultivando Sonhos", que foi criado em 2016. Primeiramente, houve uma observação de como as crianças se desenvolviam, de quais possibilidades e oportunidades possuíam. “Nós percebemos que os primeiros sonhos das crianças eram, na verdade, necessidades básicas: família, alimentação, educação, saúde”, fala a pedagoga.

A professora do curso de Educação do Centro Universitário Internacional, Luana Priscila Wunsch, conta que é necessário que a criança saiba sobre os direitos básicos que todo cidadão deve ter, a partir da grade curricular base. “Isso é o fundamento principal da educação, a formação para a cidadania, para criticidade, para inclusão social”, reforça Luana.

Priscila Santos conta que uma das crianças participantes do projeto possuía o sonho de limpar a casa de outras pessoas, porém isto não deve ser o único caminho possível. Segundo a pedagoga, “ela precisa ter um leque de opções para escolher um, e não aquele que foi imposto na cabecinha dela por ser uma criança que nasceu em uma comunidade pobre e que veio de uma família humilde”.

O projeto proporcionou às crianças a motivação de sonhar de verdade, de acordo com a pedagoga. Além disso, dentro do programa "Cultivando Sonhos" há outros quatro projetos, nos quais há voluntariado envolvido. “São pessoas se voluntariando e que tem a mesma proposta: uma motivação interna e desejo de mudança”, explica.

O primeiro chama-se "Mães que Semeiam", no qual uma mãe vem de modo voluntário, um dia da semana, para fazer o lanche e almoço das crianças. O segundo é denominado "Adolescentes que Fortalecem", que traz ex-alunos do projeto para atuarem como voluntários, aplicando atividades de seu interesse.

"Jovens que Inspiram", o terceiro projeto, traz universitários de várias instituições de ensino com um ideal que será concretizado com e para as crianças, de acordo com sua área de estudo. O quarto e último, "Amigos que Iluminam", é formado por empresas que ajudam no suporte a essas crianças, com alimentação e infraestrutura.

Livros doados por empresas para a organização. (Crédito: Jeniffer Jesus)

Estes projetos visam o bem-estar social da comunidade, não só para o aluno que está ali, mas também às pessoas que o rodeiam. “Essas pessoas que convivem com ele precisam estar bem, porque ele é um ser social”, explica Luana.

Priscila aponta que este programa não visa uma mudança completa nas vidas das crianças, mas busca atuar no desenvolvimento pessoal, como o autocontrole e a autoestima. “A gente não poder tirar o que eles têm, que são as defesas, porque eles precisam ser empoderados para viver nessa comunidade”.

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