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  • Rozielen dos Santos

Curitiba construiu abrigos antiaéreos para servir de proteção em bombardeios

Amendrontados pelos conflitos no mundo, bunkers foram construídos para proteger a população civil de ataques de bombas.


Sede do Colégio Estadual do Paraná, em Curitiba. Foto: Rozielen Santos.


Algumas histórias de guerras e conflitos vistas em livros de histórias ao longo da vida podem ser difíceis de acreditar, mas elas existiram. Muitos países ainda permanecem em disputas motivadas por conflitos religiosos, econômicos, étnicos, ideológicos e territoriais.


Engana-se quem pensa que a capital do estado do Paraná é marcada apenas pelas belíssimas araucárias e não possui nenhuma história de guerra para contar, mas essas histórias existem e também fazem parte da história de Curitiba. Através de uma discussão motivada por um pente, em 1959 surgiu uma das maiores revoltas populares na capital paranaense: a Guerra do Pente.


Parece cômico, mas ao mesmo tempo trágico um apetrecho tão simples dar início a um conflito, mas talvez não fosse esse, em específico, que faria a população neutra da época precisar de uma proteção com uma estrutura mais reforçada e robusta. Antes mesmo da Guerra do Pente, curitibanos já se sentiam amedrontados pelas guerras sangrentas que aconteciam no restante do mundo. Diante do medo de ataques, foram construídos em alguns pontos da cidade os Bunkers, conhecidos como abrigos antiaéreos feitos de concreto e aço, projetados para resistir a projéteis de guerra, com suprimentos e contra ataques nucleares e biológicos. Os abrigos geralmente são subterrâneos, mas há uma diversidade de modelos e projetos. Muito não tem registros, pois são particulares e secretos.


Sede do Colégio Estadual do Paraná construída na década de 50, possui um espaço subterrâneo estruturado para servir como abrigo antiaéreo. O que era para ser um tipo de Bunker, hoje se tornou a biblioteca da escola. Segundo o pesquisador Marcos Juliano, a planta do Colégio Estadual do Paraná é a mesma da Academia Militar das Agulhas Negras, localizado na cidade do Rio de Janeiro. “Por ser a planta de um Colégio Militar, os militares sempre tiveram essa preocupação de fazer um subsolo nas construções para reforço anti aéreos com estratégias de conexões subterrâneas”, explica o pesquisador.


AS GUERRAS FORA DOS LIVROS DE HISTÓRIA


Em pleno século XXI, as guerras ainda atravessam fronteiras. Em Israel, por exemplo, vários Bunkers públicos foram espalhados pelas cidades. Quando um novo ataque inicia, uma sirene toca e um limite de tempo é dado para que as pessoas que não tenham nenhum Bunker em casa possam correr para os abrigos coletivos mais próximos para se protegerem.

O brasileiro Alan Souza, que mora em Israel, viveu momentos de pânico e medo no país nas últimas semanas. Souza mora na cidade de Herzliya e precisou se abrigar junto de sua esposa em um abrigo próximo de sua casa. “A experiência dentro do abrigo é uma experiência um tanto quanto tensa. Por mais que os abrigos passem a sensação de segurança devido as suas estruturas de concreto e ferro, ainda sim é algo nada poético ficar dentro dele e escutar os mísseis caindo ao lado,” relata ele.

Na maioria das vezes, as pessoas buscam em outros países e, inclusive no Brasil, um refúgio para ficarem longe dos conflitos internos.


Imagem interna do Bunker que Alan e sua esposa se abrigaram no dia 13 de maio de 2021. Foto: Alan Souza.


HOLOCAUSTO NUCLEAR: O FIM DE CURITIBA


Imagine a seguinte situação: um avião modelo Tu-95-202 transporta a bomba mais potente do mundo: Tsar Bomb. O avião está sentido o sul do Brasil e o alvo é a cidade de Curitiba. Os curitibanos estão prestes a sofrerem um “holocausto nuclear”.


Uma simulação feita através do site americano NukeMap, criado por Alex Wellesrtein, um historiador que estuda a história das armas nucleares, mostra como seria o efeito devastador das bombas atômicas em qualquer lugar do mundo. Na capital do Paraná, por exemplo, a Tsar Bomb seria capaz de destruir todo o território curitibano. No infográfico abaixo, é possível ver, em números, o resultado da explosão.


Produção: Rozielen Joelma dos Santos.


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