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  • Maria Daiane Siqueira

Doação de sangue: ato de solidariedade

A Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco-Hemope é uma organização que auxilia a população na transfusão de sangue e no diagnóstico e tratamento de doenças do sangue. Com pontos de coleta espalhados por todo o estado


Maycon Douglas. Crédito: Maria Daiane Siqueira


Assim como em outros estados do país, a falta de bolsa de sangue tem sido um problema no Pernambuco nos últimos meses, principalmente no período de pandemia da Covid-19. Embora o atendimento nos hemocentros tenha voltado ao normal, a procura ainda tem sido baixa. De acordo com o site Fundação Hemope, a maioria dos tipos sanguíneos estão em estado crítico. Após a pandemia a gente tá numa luta de captação de doadores, porém vem melhorando. O ideal ainda não alcançamos", confirma a enfermeira Nerisvania Tavares da Silva Santos que atende no Hemope Regional de Ouricuri.


O Hemope Regional de Ouricuri-PE, tem tido uma média de dez doações por dia, com exceção de dias de campanha, que alcançam uma média de 50 doações. Apesar de atender a 11 municípios da região, a meta de 300 doações por mês não tem sido alcançada.


A importância da doação


De acordo com o Governo do Brasil , entre as pessoas que precisam de doação de sangue estão as vítimas de acidentes graves, com patologias como câncer, anemia crônica, que passaram por cirurgias, ou estão com complicações por outras doenças. Por isso se faz necessário que as pessoas se tornem doadores regulares, pois ajuda na manutenção dos bancos de sangue, com quantidade suficiente para atender a demanda da população.


Francisco Lago. Crédito: Maria Daiane Siqueira.


Maycon Douglas da Silva Pereira, 20 anos, doa desde os 16 anos de idade, afirma que faz isso porque consegue ajudar várias pessoas. “Doou porque mesmo que seja uma atitude simples, é capaz de salvar até quatro vidas com uma bolsa de sangue. Me sinto muito bem em poder ajudar outras pessoas”. Além de doar regularmente, o jovem também incentiva os amigos a fazerem o mesmo.


Foi o caso de Francisco Iago Carneiro Rodrigues, 20 anos. Incentivado pelo amigo, doa regularmente há mais de um ano. “O principal motivo para começar a ser um doador, foi a necessidade que sinto de ajudar o próximo, também por conta de alguns amigos que já eram doadores e me faziam o convite.”


Ciclo do sangue


Para que a doação seja feita, é necessário que o doador passe por algumas etapas, o chamado ciclo do sangue. Que começa desde a recepção no hemocentro, até o pós doação.

A enfermeira Nerisvania explica no vídeo cada passo do ciclo.


Apesar da demanda em busca de doadores seja alta, nem todos podem doar. É preciso obedecer alguns requisitos para estar apto a doação:


- É preciso ter idade a partir de 16 anos até 69 anos. Menores de 18 anos devem estar acompanhados por um responsável.

- Com peso acima de 50 quilos.

- Pessoas em bom estado de saúde.

- Ter dormido no mínimo por 06:00 horas

- Estar bem alimentado. A doação não pode ser feita em jejum.

- Não ter ingerido álcool nas 12:00 horas antes da doação

- Porta documentos de identificação emitido por órgão oficial e carteira de vacinação da Covid-19.


Pessoas com obesidade podem doar, desde que a pressão arterial esteja estável durante a triagem. O mesmo vale para hipertensos.


Quem não pode doar: (Fonte: Hemope)


- Pessoas abaixo do peso recomendado (50 quilos).

- Pessoas que fizeram tatuagem, ou colocaram piercing num período menor que um ano.

- Doador que fez cirurgia nos últimos seis meses.

- Grávidas

- pessoas com febre no dia da doação.

- Puérperas, a menos que o parto tenha acontecido há 12 meses.


O período de pausa entre as doações regulares é de três meses para os homens, e quatro meses para as mulheres. “Devido ao ciclo menstrual, a mulher é de quatro meses. Esses três meses tanto para a mulher quanto para o homem, é quando realmente a pessoa está com todo o sangue circulando melhor. Apesar de ser 470 ml coletado, em 24 horas o sangue retorna normal, mas para estar com todos os níveis do sangue ok, precisa-se desse tempinho”, explica Nerisvania.


Doar sangue é um ato de solidariedade e cidadania. Não vicia, não afina ou engrossa o sangue e nem faz perder ou ganhar peso, mas ajuda a salvar várias vidas. Pois com uma coleta sangue, pode-se salvar até quatro pessoas. Doe e incentive outros a doar.


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